Se nas principais passarelas do mundo a magreza excessiva das modelos tem provocado debates acirrados sobre as conseqüências que a obsessão pelos quilos a menos pode trazer, as modelos brasileiras que trabalham para desfiles acima do manequim 44, o chamado "plus size", ainda disputam um espaço pequeno, que está longe de oferecer recompensas financeiras próximas aos circuitos da moda mundial.
Nesse cenário, praticamente todas elas têm uma atividade paralela para se manter financeiramente, segundo informaram algumas entrevistadas neste sábado (16) no Fashion Weekend Plus Size. A modelo Andréia Miura, 32 anos e 1,80m de altura, afirma que trabalha no circuito de moda há três anos e que consegue os melhores resultados financeiros quando é chamada para participar de catálogos de moda.
"O nosso mercado ainda tem muito a crescer. Estamos começando a entrar em eventos específicos de moda, em alguns desfiles em televisão, mas ainda não dá para viver financeiramente disso", afirma.
Ela diz que paralelamente trabalha com artesanato em um ateliê na zona sul da capital paulista. Produz algumas flores de tecido e tiaras. "Algumas delas foram utilizadas no desfile de hoje. Com as duas coisas consigo me manter razoavelmente", afirma.
A jornalista Carla Manso, que também desfilou como modelo "plus size", atua na área de "celebridades", mantém um blog voltado para as "gordinhas" e está pronta para inaugurar uma loja virtual com produtos destinados ao público de manequins acima do 44.
"Tem de fazer de tudo um pouco. Hoje as pessoas que tem manequim maior procuram produtos diferenciados. Não é em todo lugar que se acha cinto que sirva, bota que sirva, estampas adequadas. Então quem tiver disposto a inovar, sai na frente. Porém, só com a passarela, ainda não não consigo me manter", afirma.
Fonte: Terra
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