Todo mundo já sofreu, já praticou ou já viu alguém sofrer bullying. A discussão sobre o tema tem tido grande repercussão na mídia e a gente se comove de certa forma com as histórias contadas. Assim como A Peste da Janice mexeu comigo na primeira e em todas as vezes que revi o filme. Trata-se, na verdade, de um curta-metragem (disponível no vídeo abaixo); são 15 minutos em que o diretor Rafael Figueiredo traz retrato e reflexão sobre a condição de uma menina vítima em sua escola.
A produção sul-rio-grandense se arma no clichê narrativo do “opressor x oprimido” – cuja discussão é necessária -, baseada no conto homônimo de Luis Augusto Fischer em que Janice, uma garota pobre, é alvo de piada e desprezo no colégio em que estuda. Suas colegas de sala ridiculamente “brincam” passando o que chamam de “a peste da Janice” sempre quando a menina tenta se aproximar de alguém.
Fora da escola, Janice consegue contato com Virgínia, sua colega, que se vê pressionada no ambiente de estudo a assumir publicamente a amizade. A boa notícia é que esse discurso chavão não vence a história. Para isso, o roteiro guia a história para um final em que o discurso “Neste exato momento, todas as meninas esperam que Virgínia termine o que acabou de começar. Janice também espera. O que quase todas esperam é exatamente o oposto do que Janice espera” apenas inquieta o espectador. Ou deveria.
A final de contas, Virginia, passa ou não a "peste"?
ResponderExcluirVirgínia passa ou n passa a peste?
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