segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

# Pacientes que fizeram cirurgia bariátrica terão carteirinha de identificação







A carteirinha do paciente bariátrico, inédita no mundo, foi criada com o objetivo dar mais segurança às pessoas submetidas a operação de redução de estômago, em atenção aos cuidados especiais, quando elas forem atendidas por outros médicos, especialmente em emergências.



Jornal da Record - Edição Nacional
TV Record - 26/11/11
Entrevistados: Dr. Claudio Mottin e o paciente André Schleich
Reportagem: Priscilla Casagrande
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Perfil André Schleich no Facebook:
http://www.facebook.com/andre.schleich.obesidade
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Perfil André Schleich no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=2723431916370193779
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Participe do Grupo Redução de Estômago no Facebook:
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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

# 1ª mês

‎1 mês...dei uma murchadinha...o rosto afinou...mas ainda tem um lingo caminho pela frente =*


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

# Pessoas que somem não são confiáveis"

‎"Olha, desculpa minha sinceridade, mas a vida é muito curta para ficar aguardando pelos outros. Se quem você aguarda realmente se importasse com você, já teria dado algum sinal de vida. A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor. Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda não está disponível no momento. Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia. Pessoas que somem não são confiáveis"

Fernanda Young


 

sábado, 14 de janeiro de 2012

# Sensualité

“Em determinada circunstância, uma linda mulher acima do peso chega aos finalmentes em um quarto de motel com um homem o qual ela muito desejava. O maior medo dela consistia em se despir na frente do seu parceiro. E a maior surpresa foi perceber que aquele homem a admirava e se sentia atraído justamente por causa de suas características físicas. Ou seja, por ela ser gordinha.”

O parágrafo acima é uma ficção. Porém, se todos confessassem seus momentos íntimos comprovaríamos que isso acontece com muita frequência.

O padrão da beleza feminina atual é a mulher magra. Pela história sabemos que nem sempre foi assim, basta lembrarmos das curvas e formas arredondadas retratadas nos quadros do grande pintor francês Renoir.

O que acontece é que a mulher torna-se adolescente se sentindo fora do padrão, seu psicológico acusa que ela não será desejada sexualmente por não ser magra. Guardando as diferenças entre acima do peso, gordinha e obesa, está última correndo o risco de ter problemas de saúde, a mulher gordinha pode desfrutar de uma vida sexual plena.

Estar de bem consigo mesma e se sentir atraída é a melhor dica. Para isso, não pense que os homens não sentem atração pelas suas curvas acentuadas, pelo seu bumbum proeminente, por suas coxas e braços roliços. São justamente essas características que lhe dão um ar de sensualidade que as diferenciam das magras. Vocês são desejadas justamente por essas características.

A sociedade é hipócrita. E muitos homens (de modo geral os mais novos) querem se apresentar para a sociedade com um mulher da “moda” mas guardam no refolhos de suas conciências uma grande atração por mulheres gordinhas.
Texto de Sensualité



# Inglesa faz redução de estômago, perde quase 90 kg e descobre que cirurgia não fez efeito

Karen, o marido David e a irmão Paula dançam zumba
Karen, o marido David e a irmão Paula dançam zumba Foto: Reprodução / Mail Online
Extra Online
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Alternando o peso entre 140 kg e 150 kg, Karren Knight, de 47 anos, tomou uma decisão drástica para emagracer: uma cirurgia de redução de estômago. Dois anos depois da operação, a inglesa já tinha eliminado 40 kg e estava satisfeita com o resultado da operação.
Mas durante uma consulta de rotina, Karren descobriu que a banda gástrica que os médicos colocaram no estômago dela para reduzir o apetite havia vazado e não estava funcionando. A perda de peso aconteceu por causa da aulas de dança que ela passou a frequentar para se distrair, depois da cirurgia, e parar de comer.
Segundo reportagem do jornal “Daily Mail”, Karren, da cidade de Widnes, na Inglaterra, ficou chocada com a notícia. Ela havia economizado cerca de R$ 10 mil para bancar a operação. “Eu pensei que fosse impossível perder peso sozinha. Eu passei anos fazendo dietas e nada funcionou”, disse ela.
Karren antes e depois da cirurgia
Karren antes e depois da cirurgia Foto: Reprodução / Mail Online
A irmã de Karren, Paula, sugeriu que ela descobrisse um hobby e parasse de pensar em comida. Então ela começou a fazer aulas de zumba, uma combinação de dança latina e música internacional. “Eu comecei a emagrecer. Mas estava convencida de que era por causa da cirurgia”, enfatiza a inglesa.
Depois de descobrir o erro, Karren precisou fazer uma nova cirurgia para consertar o vazamento. Depois disso, ela conseguiu perder ainda mais - dessa vez por conta da cirurgia. Hoje, pesando 57 kg a inglesa dá aulas de zumba, inspirada no programa de ginástica que a fez perder peso. “Eu achei que a cirurgia fosse o único modo de perder peso, mas percebi que é possível fazer com um pouco determinação e exercícios”, garante Karren.
Karren veste a calça que usava antes da dança
Karren veste a calça que usava antes da dança Foto: Reprodução / Mail Onli


Fonte: Extra

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

# Dúvidas mais comuns...


“Quando a cirurgia é indicada ?” As indicações padrões adotadas no mundo inteiro são o IMC acima de 40 ou IMC entre 35 e 40 na presença de doenças associadas (hipertensão , diabetes, artrose,...)
A cirurgia tem muitas complicações? Não é verdade. Complica bem menos que a própria doença obesidade, que leva ao diabetes, hipertensão arterial, doença coronariana, artroses, etc. E nos centros especializados, onde as cirurgias são realizadas diariamente, a incidência de complicações e óbitos é menos da metade dos outros serviços (veja publicação Dr. Buchwald - ASMBS).
Algumas técnicas cirúrgicas complicam mais que outras? Isso é verdade. As cirurgias malabsortivas tem mais complicações graves que as mistas e que as restritivas. Porém, se considerarmos apenas as complicações não-graves, as restritivas estão na liderança.
“Qual a diferença entre a cirurgia aberta e a cirurgia por videolaparoscopia?” A diferença está no acesso através da parede abdominal. Lá dentro são iguais. A dieta pós-operatória é a mesma e o emagrecimento também. A videolaparoscopia é a técnica de se operar por pequenas incisões, com auxílio de câmaras e pinças, sem grandes traumas. Tem as vantagens da menor dor, recuperação mais rápida, menor índice de infecções e hérnias, além de ter melhores resultados estéticos.
 “Se eu fizer a cirurgia aberta, terei de operar uma segunda vez por causa da hérnia?” A chance é em torno de 10%, principalmente se for fumante ou se tiver uma grande obesidade obdominal.
 "Como saber se faço aberta ou video?" Sempre pensamos primeiramente na video. Raramente haverá uma contraindicação clínica. Havendo possibilidade administrativa (convênio compatível ou disponibilidade financeira), a vídeo pode ser realizada.
 “Me disseram que após a cirurgia, eu perco minha vida social devido as diarréias. Acontece mesmo?” Não. As técnicas mistas e restrivas não modificam o hábito intestinal. Mesmo nas malabsortivas onde a diarréia pode ser mais comum, não é a regra.
 “Redução de estomago causa perda da memória?” Não. Não há fundamento nenhum para essa pergunta. A dúvida deve ter surgido porque alguns pacientes acabam se "esquecendo" de como eram antes de operar...
 “O que é o Dumping? Todos que operam tem esse “defeito” pós cirurgia?” São sintomas que incluem mal-estar, sudorese, sensação de desmaio e dor abdominal. Está presente na maioria dos pacientes nos primeiros 6 meses de PO, pode estar presente por anos. Ocorre após o consumo de alimentos pastosos/líquidos muito doces ou muito concentrados (creme de leite). É passageiro e não tem consequências mais graves. No pré-operatório, a nutricionista reforça os cuidados para evitá-lo.
 “Adoro refrigerante e quero operar. Depois de operado nunca mais vou poder tomar devido ao tamanho do meu novo estomago?” Pode sim, mas espere pelo menos 6 meses. Mas lembre-se: só diet ou light, em quantidades moderadas e considere a possibilidade de parar definitivamente. Não seria nada mal.
 “Fiz a cirurgia Capella sem Anel e engordei acho que por isso. Qual a diferença de Capella sem Anel e com Anel?” É preciso esclarecer que originalmente a Cirurgia de Capella (Derivação Gástrica em Y de Roux com anel de contenção) é sempre realizada com anel e o país onde ela é mais realizada é o Brasil. Nos Estados Unidos, as cirurgias com anel não chegam a 3%. São as chamadas simplesmente de DGYR ou Roux-en-Y Gastric Bypass ou Bypass Gástrico. Existem alguns trabalhos que sugerem que a perda de peso seria maior com anel. Também penso assim. Mas é bem verdade que o paciente bem preparado, que muda de vida, segue com a equipe, foge do sedentarismo, faz exames e toma vitaminas, terá um bom emagrecimento e dificilmente ganhará peso de maneira significativa, independentemente se tem anel ou não.
 “Vejo alguns amigos operados que bebem muita cerveja! Pode beber após a cirurgia?” "Muito" não pode nem comer, nem beber. Em relação às bebidas alcoólicas, orientamos ter bastante cuidado e restrições. Primeiro porque engordam. Depois porque o manejo de limites dos pacientes operados é complicado. E álcool sem limites não dá certo.
 “Depois de operado, é verdade que precisa tomar um remédio o resto da vida?” Apenas uma vitamina.
 “Minha amiga está ficando careca e fez redução de estomago a pouco tempo. Depois que eu fizer minha cirurgia também vou ficar careca?” Não. A queda de cabelo relaciona-se com o emagrecimento acentuado, mesmo que não seja após cirurgia de gastroplastia. E é transitório e não está presente em todos.
 “Vou operar semana que vem e quero fazer uma despedida em um churrascão! Posso comer até algumas horas antes da cirurgia?” Nem pensar. Hoje prescrevemos dieta líquida 3 dias antes da cirurgia para melhorar o preparo. E se engordar antes é melhor adiar a cirurgia. Lembre-se: poderá comer de tudo após a cirurgia, não precisa se despedir de nada.
 “Quero sempre emagrecer depois da cirurgia! É verdade que vou sempre perder peso mesmo comendo?” Não pense em milagre. O emagrecimento ocorre até atingir um equilíbrio entre o consumo e o gasto. Se exagerar em comer, pode engordar.
 “O que é a tal da fístula? Vejo muito por aí falar disso. É grave?” É um vazamento que pode ocorre após uma cirurgia. Não é exclusiva das cirurgias do aparelho digestivo; também podem ocorrer após cirurgias urológicas, ginecológicas, neurocirurgias, etc. Podem ser graves porque pode levar a infecções potencialmente fatais. Felizmente a ocorrência de fístulas tem sido cada vez mais baixa e menos graves.
 “Tem algum alimento que nunca mais vou poder comer?”Bagaços da laranja, palmito duro, coco em pedaços podem obstruir.
 “Quanto tempo de dieta líquida é feito pós cirurgia? Posso então beber coca-cola nesse período?” 20 dias. E nada de gasosos.
 “Tenho diabetes! Vou ficar sem ela após a cirurgia?” É quase certo. A chance é de 95%.
 “Esse negócio de acompanhamento psicológico depois da cirurgia é só para os gordinhos loucos né? Precisa mesmo? Por que?” O objetivo primordial das cirurgias bariátricas é o ganho de Qualidade de Vida. Assim, toda ajuda é bem-vinda. Readaptação social, imagem corporal, lidar com ansiedades e comportamentos compulsivos serão melhor tratadas com profissionais da área. E não significa que são loucos, ok? Muitas vezes são detalhes tidos como 'normais', ou seja, sem diagnóstico, que podem comprometer os resultados pós-operatórios. Oriento que discuta isso durante a avaliação psicológica pré-operatória e faça a sua programação.
 “Quanto tempo após a cirurgia posso jogar um futebol ou praticar algum esporte?” Pode fazer academia com supervisão após 1 mês. Esportes após 3 meses. Para exceções, tire dúvidas com a equipe.
 “Depois da cirurgia, o olfato e paladar mudam?” Pode acontecer, mas é raro. Ainda não temos uma explicação científica convincente para esses casos. Não confundir com as intolerâncias pessoais, com as eventuais náuseas pós-operatórias ou mesmo com as modificações do apetite, que é o desejo de comer algum alimento em especial. Os casos que presenciei tinham um componente psiquiátrico ou algum desarranjo na vida pessoal em paralelo.
 “Vômitos! Depois de operado, isso é pra sempre?” Não. Eles só aparecem quando come-se muito, rápido ou sem mastigar bem. Com o tempo e o cultivar dos novos hábitos, eles se tornam cada vez mais raros. Muitos pacientes operados nunca apresentaram vômitos. E caso sejam persistentes, deve-se investigar problemas na cirurgia.
 “Tem um tal de Dreno que usa-se após a cirurgia. O que é isso? Precisa de uma outra operação para tirar? Dói a retirada?” O dreno é colocado nas cirurgias de Capella, abertas e videos. É importante para a saída de líquidos pós-operatórios e para monitorizar a ocorrência de fístulas. Geralmente é retirado no sétimo dia. Não dói.
 “Óbitos na cirurgia de redução de estomago! Quando e como pode acontecer?” Pode ocorrer por causa de complicações da cirurgia (fístulas, infecções,...) ou por motivo relacionado às doenças associadas (infarto, embolia,...).
 “É verdade que temos muitos problemas de gases depois de operado?” Não, apenas os submetidos a algum tipo de cirurgia malabsortiva, tipo Scopinaro ou Duodenal-Switch.
 “Menor de idade pode operar? Quando isso acontece?” Antes dos 12 anos somente em casos raros, portadores de síndromes genéticas especiais. Entre 12 e 18 anos é permitida desde que haja um preparo adequado e concordância entre a equipe, paciente e família.
“Fumante pode operar também? ”Pode, mas deve tentar parar de fumar antes para diminuir a chance de complicações.
 “A pílula, após a cirurgia, é proibido? E devido a falta de absorção de vitaminas ela pode não fazer efeito?” Negativo; pode reiniciar a pílula poucos dias depois da cirurgia. Não existe comprovação de alteração de sua eficácia pós-operatória.
 “Depois de operada, posso engravidar? Meu bebê terá boas condições vitamínicas?” Pode sim. O bebê terá mais saúde do que se estivesse grávida e obesa. Mas a mãe deve estar tomando regularmente suas vitaminas e continuar ou iniciar o uso de ácido fólico 5 mg por dia.
“Depois da cirurgia é normal engordar alguns quilinhos? Depois de quanto tempo?” É normal ocorrer uma pequena recuperação de peso que pode chegar, em alguns casos, até 5 ou 10 kg. Se for maior, algo está errado: procure novamente a equipe para uma investigação.
“Me arrependi da cirurgia, posso revertê-la? É complicado?”Pode, mas não é simples. E vai engordar tudo de novo. Em nossa experiência, paciente bem preparado não pensa em fazer isso.
 “A cirurgia plástica é obrigação da clínica fazer após algum tempo devido a sobra de pele?” É claro que não! A cirurgia bariátrica é um procedimento que visa a saúde, a melhora ou cura de doenças associadas e o ganho em qualidade de vida. A cirurgia plástica visa a estética. Mesmo em situações onde ocorreriam ganhos funcionais com a remoção do excesso de pele, ela deve ser realizada por um cirurgião plástico especialista. Essa opinião tem embasamento jurídico. Também lembrando que pacotes promocionais de "faça sua bariátrica e ganhe a plástica" são proibidos pelo CFM.
 “Sexo: quando posso fazer depois de operado?” Assim que estiver bem recuperado(a), ou seja, alguns dias após a Banda, uns 15 dias após as demais videos e uns 30 dias após as cirurgias abertas.
 “Sou louco(a) por chocolate! Posso comer depois da cirurgia?”Pode comer de tudo, mas com moderação. Quanto mais você se permitir abrir exceções, mais difícil será o controle do peso.
 “Mau hálito. Existe mesmo depois da cirurgia?” Não. Pode ocorrer nos primeiros 30 dias, em virtude da cetose do dieta rígida. Mas depois passa.
 “Vejo por aí que existem muitas técnicas que me deixam comer bastante mesmo depois de operado! Quem decide a técnica que vou ser operado?” Isso pode ocorrer com as técnicas malabsortivas. O preço a pagar?...muitas evacuações por dia, fezes muito mal cheirosas, etc. Na verdade hoje existem poucos cirurgiões que fazem essas cirurgias. Você deve se informar antes.
 Quem foi que disse que...
 ...nunca faria uma cirurgia da obesidade, é porque não sofre desta doença.
  Dr. Irineu Rasera Jr
Contribuição: Anderson Previatti

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

# Menina ganha vale "lipo" aos 7 anos. EIKE ABSURDO!

A britânica Sarah e filha Poppy (Reprodução/BuzzFeed


Uma menina de 7 anos de idade ganhou um presentinho inusitado de sua mãe: um vale lipoaspiração no valor de US$ 11 mil! Segundo a mãe, Sarah Burge, a menina “sempre pede a cirurgia, então resolvi presenteá-la no Natal. Coloquei o voucher em sua meia”, disse à revista britânica Closer.
Sarah ainda revelou que no ano passado deu à filha, Poppy, um voucher para aumento de mamas. Este vale pode ser trocado quando a pequena completar 18 anos.
“Não vejo nada de errado nisso. Ela quer ficar bonita e esses procedimentos sempre vêm a calhar. Eu vejo esses vouchers como investimentos para o futuro dela, como guardar dinheiro para a faculdade”, explica.
A mamãe “modelo” ainda afirma achar ótimo a filha ter a oportunidade de mudar a si mesma caso não esteja feliz... 

Fonte: Vírgula

# Corredora comemora novo estilo de vida um ano após cirurgia bariátrica

Após procedimento cirúrgico de redução do estômago, Isa Varella apaixona-se por corrida e faz do esporte seu momento de lazer com saúde e bons amigos

De joelhos no chão, mãos no rosto para cobrir suas lágrimas. Não, não são de tristeza. A emoção de Isabela está atrelada a uma vitória pessoal. Hoje, ela é corredora e apaixonada por esporte, mas, há um ano, Isa tinha dificuldades em realizar os pequenos movimentos necessários no dia-a-dia.
Corrida vira paixão para paciente de cirurgia barátrica (Foto: Gleice Medeiros)Isa não consegue conter o choro após participar de treino de corrida em comemoração a um ano de operada dos sessenta quilos que ficaram para trás após cirurgia e novo estilo de vida (Foto: Gleice Medeiros)
Em janeiro de 2011, ela era obesa e pesava cinquenta e cinco quilos a mais que o indicado pela balança agora. Realidade muito distante da corredora, que dá suas passadas no asfalto ao lado de seus amigos, sorridente e animada.
- Não consigo me ver sem correr, faz parte da minha vida - disse.
Antes, o que Isa não conseguia era se ver nas fotos. Era difícil aceitar o próprio corpo e entender como havia deixado chegar naquele ponto. Mas o fato é que já tinha chegado e isso a estava incomodando, enquanto problemas de saúde iam aparecendo. E, um dia, vendo uma reportagem do Fantástico, telejornal da TV Globo, ela decidiu que era hora de mudar.
As pessoas me perguntavam: ‘vc não tem medo da cirurgia?’. Eu dizia: ‘não, eu tenho medo de morrer de obesidade’"
Isa Varella
- A matéria era sobre acidentes na rua. O ônibus virou e como as pessoas saiam dali? Elas tinham que subir pelo banco e sair pelo teto solar. Eu pensei: eu não conseguiria salvar a minha vida - contou.
Isa tentou nutricionista e dieta, mas nada adiantava. Optou pela cirurgia bariátrica, ou seja, um procedimento que reduz o tamanho do estômago o que faz o paciente perder sensilvelmente dua fome, ao ficar saciado com menos comida. E ele termina por perder peso de forma bem rápida.
- As pessoas me perguntavam: ‘vc não tem medo da cirurgia?’. Eu dizia: ‘não, eu tenho medo de morrer de obesidade’ – disse.
Obesidade deve ser encarada como doença
A preocupação de Isa não era excessiva e, sim, um passo necessário para buscar mudar sua situação. Segundo o médico Dr. Aloan Júnior, especialista nesse tipo de procedimento, muitos acabam julgando a obesidade como uma opção da pessoa, que tem o simples hábito de comer muito.
Corrida vira paixão para paciente de cirurgia barátrica (Foto: Gleice Medeiros)Isa agradece suas conquistas na escada do Cristo
Redentor (Foto: Gleice Medeiros)
- A obesidade é vista ainda hoje como problema mais relacionado ao comportamento e não como uma doença em si. A ideia é que o gordinho, por opção dele, come e pronto. E obesidade é uma doença. E essa visão simplista da obesidade, ligada à parte estética, começa a se tornar secundária - ressaltou o médico.
Em seu depoimento ao site, Isa relata exatamente o lado da obesidade relacionado à saúde e não, apenas, a questão da forma física. Ela ainda passou a escrever sobre seu processo de mudança, para que isso lhe desse mais força em um blog com título sugestivo: 'Em busca de um ideal'.
- Eu não fiz cirurgia por estética, comecei a ter problemas de saúde, pico de pressão, problema de circulação. Eu não conseguia mais andar, nem trabalhar direito - relembrou.
Eu estou magra, mas não sou magra. Sou ex-obesa. Tenho que me policiar muito para não voltar a engordar "
Isa Varella
Isa é professora do município do Rio de Janeiro e suas turmas são formadas por crianças pequenas. Ela trabalha em duas escolas e faz pós-graduação. Naturalmente, Isa está sempre na correria durante seu cotidiano. Mas as primeiras passadas mesmo, na rua, como forma de exercício, aconteceram nove meses após a cirurgia.
- Eu me inscrevi numa prova. Fui caminhar e vi um bando de gente correndo. Eu pensei: ‘não quero ser a última e não quero fazer em mais de uma hora’. Comecei a trotar e caminhar e completei o percurso. Dei a volta na Lagoa (Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro). Isso me estimulou. Comecei a me inscrever em outras corridas – contou.
Isa passou a fazer amigos nas corridas e, atualmente, participa de um grupo onde o lema é juntar pessoas que amam o esporte e têm por objetivo principal correr e se divertir. O nome? 'Correndo na Amizade', que reforça os laços criados com outros corredores a partir de suas primeiras passadas. Isa gosta de correr distâncias mais curtas e busca velocidade nos cinco quilômetros. Antes, a diretora de um de seus colégios dizia que parecia que Isa carregava o mundo nas costas. Ela respondeu:
- Eu estava carregando 55 quilos nas costas, isso sim.
Hoje, mais leve e de bem com a vida, ela segue sua rotina de exercícios, mas sem se esquecer de todos os desafios por ela efrentados e vencidos.
Corrida vira paixão para paciente de cirurgia barátrica (Foto: Gleice Medeiros)Isa emagreceu de forma correta, segundo médico,
ao mudar seu estilo de vida (Foto: Gleice Medeiros)
- Eu estou magra, mas não sou magra. Sou ex-obesa. Tenho que me policiar muito para não voltar a engordar – disse, determinada a nunca mais ter problemas de obesidade.
Até hoje, Isa frequenta sessões de terapia em grupo e, também, individual. A coordenadora do grupo é a psicóloga Marli Vieira, que é a responsável por atender pacientes que vão fazer a cirugia bariátrica e, depois, dá sequência ao tratamento com encontros mensais. Importante saber que todos os pacientes que enfrentam a decisão de operar o estômago precisam de um laudo psicológico, segundo Marli Vieira. Ela, portanto, acompanha os pacientes momentos antes da cirurgia e por um ano e meioa a dois ano após o procedimento.
Ao falar do caso de Isabela, a psicóloga é só elogios, tanto pela sua determinação quanto pela assiduidade nas sessões de terapia.
- A cirurgia acontece de forma muito rápida. E ela é no estômago, e não na cabeça. A mexida com a pessoa, portanto, é através da fala, da terapia. E isso leva um tempo – explicou.
Corrida vira paixão para paciente de cirurgia barátrica (Foto: Gleice Medeiros)Bonequinha que enfeitou o bolo de comemoração
após um ano da cirurgia (Foto: Gleice Medeiros)
A dedicação de Isa ao esporte é outro motivo para que tanto o Dr. Aloan quanto a psicóloga elogiem a ex-paciente. O médico explicou que Isa não apenas emagreceu, mas fez isso da forma correta, praticando atividade física. A psicóloga aproveitou para ressaltar que no caso da corredora, não houve uma troca de compulsão, da comida pelo esporte. Mais um ponto favorável para Isabela:
- Ela tem prazer na corrida, prazer no esporte. Mas não é uma fuga. Seria perigoso para mim se isso fosse uma fuga, mas não é – elogiou.
- Hoje ela tem atividade que promove até certo ponto uma garantia de uma não re-engorda. Infelizmente, 40% dos pacientes operados que emagrecem voltam a ficar obesos no período de cinco a sete anos – alertou Dr. Aloan Jr, ao mesmo tempo em que elogiava a Isa.
Saiba mais: cirurgia bariátrica
Corrida vira paixão para paciente de cirurgia barátrica (Foto: Arquivo Pessoal)Fotos da Isa antes e durante seu emagrecimento:
pedido da psicóloga (Foto: Arquivo Pessoal)
Segundo o médico Dr. Aloan Jr., a cirurgia bariátrica é um procedimento relativamente simples. O ponto em questão é que o obeso traz em si dificuldades, não só anatômicas, como referente ao seu sobrepeso, mas, também, outras complicações metabólicas, que acabam por tornar um procedimento mais delicado.
- Hoje a cirurgia bariátrica só está autorizada para obesos de grau 2 com índice de massa corporal acima de 35 e com doenças associadas. Pacientes diabéticos com sobrepeso, isto é, índice de massa corporal entre 25 e 30, ou então com obesidade de grau 1, que possivelmente se beneficiariam desse tipo de cirurgia, não tiveram esse procedimento homologado para seus casos. Mas há pesquisas buscando dados para tentar a aprovação desse procedimento nessa faixa de peso – explicou o médico.
O paciente após se operar perde peso com rapidez. Existe, portanto, uma dificuldade de se reconhecer durante o processo de emagrecimento. Por isso, o tratamento com psicólogo após a cirurgia é de extrema importância, segundo Marli Vieira.
Eu quero que eles façam tipo book, porque o espelho não revela a mudança. A foto vai mostrar àquele paciente como ele era antes para usar como comparação, como parâmetro."
Marli Vieira, psicóloga
- A primeira coisa que peço é uma foto. Depois da cirurgia, eu peço uma foto por mês. Eu quero que eles façam tipo book, porque o espelho não revela a mudança. A foto vai mostrar àquele paciente como ele era antes para usar como comparação, como parâmetro. As mudanças vão acontecendo no rosto, no queixo, no braço... Aí eles vão dar valor a essa cirurgia, enfrentando essa mudanças – relatou a psicóloga.
Ela contou que há muitos casos em que o paciente não consegue se perceber magro. Então, são essas questões comportamentais importantes a serem trabalhadas.

sábado, 7 de janeiro de 2012

# Foda-se haahah

 Agora eu tenho que falar que é tudo bom, tudo maravilhoso, mil maravilhas.  Ontem uma pessoa me disse: "ah vc fica reclamando da dor, da comida, fez cirurgia aguenta as consequências!"


Qual a graça de ta sofrendo na merda se não pode nem reclamar? HHAHAHAHHAHAHA 


Pelo menos eu rio dos meus próprios problemas, não dos dos outros. #FikDik


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

# Desjejum

Oi gente... Depois de dias ausente volto a escrever aqui no Blog. Sem vontade nenhuma pra ser bem sincera com vocês. Aconteceram muitas coisas nos últimos dias e eu perdi completamente a vontade de postar alguma coisa, só de lembrar me dava raiva. Por que tudo isso?
 Eu sempre soube que a adaptação pós cirurgia seria complicada, não esperei que fosse suportar tudo com alegria e bom humor só que quando se sente na pele é bem diferente. É difícil lutar com conflitos interiores, se adaptar à nova alimentação, conviver com a dor constante, depender 100% dos outros para alimentar, tomar banho, ir ao banheiro, levantar da cama... Tudo! 
Nas duas primeiras semanas eu tive vários efeitos colaterais da anestesia que prejudicaram minha melhora. Sentia calor intenso, coceira, um lençol que seja que se encostasse ao meu corpo parecia que tinha abelhas nele todo, tonturas, dor de cabeça, falta de ar, minha pele se encheu de carocinhos... Um horror! Com o tempo esses sintomas foram diminuindo e agora quase não sinto nada. (graças a Deus). 
Sofri muito na dieta líquida com a quase ausência de sal nos alimentos. Somente no almoço e jantar consumia 50 depois 100 ml de caldinho e o resto do dia à base de suco, água de coco, gatorade, leite de soja... Não coisas açucaradas, mas doces. Sentia náusea a cada gole de água de coco e cheguei a chorar querendo sal. Hoje também já estou mais adaptada e a transição dieta líquido-pastosa foi a melhor coisa que aconteceu.
Nessa última semana não perdi peso e tanto eu como algumas pessoas ficaram decepcionadas e me cobraram. De acordo com minha nutricionista (que só me passou a dieta correta hoje) é normal. Normal porque meu metabolismo ainda está se acostumando à nova dieta e ele sentiu falta da quantidade de alimentos que eu consumia antigamente e que de repente parou de ser ingerido e deu uma segurada se perguntando "- Que aconteceu? Cadê minha comidinha? To perdendo tudo que acumulei! Preciso segurar as gordurinhas!". Agora sim com uma dieta equilibrada e orientada vai começar o processo de reeducação do estômago e mente e a partir daí então vou continuar o processo de emagrecimento.
Além de tudo isso minha cabecinha anda meio lelé. Por isso frisavam tanto o acompanhamento com psicólogo antes e depois da cirurgia. Mesmo fazendo esse acompanhamento só a gente pode lidar com nossos problemas e enfrentá-los. Tenho estado sozinha todos esses dias, alguns amigos visitaram uma vez, duas, mas tocaram sua vida, afinal estão de férias. Eu permaneci dodói e sozinha (emo). Isso tem me chateado um pouco porque eu gostaria de ver pessoas, de sair, bater papo, mas meu ritmo não é o mesmo deles e, portanto só me resta aguardar. 
Outra coisa que tem me chateado bastante é comentários que recebi dizendo que tenho usado a minha obesidade, a minha doença para me promover. Isso foi como uma facada no meu estômago já inflamadinho. O blog foi criado como um método para que eu me informasse e interagisse com outras blogueiras do mesmo assunto, para servir como um diário onde eu pudesse escrever minhas experiências e quem sabe com isso ajudar pessoas que passam pelas mesmas experiências que eu. Acontece que deu certo. Muitas pessoas se interessaram. MUITAS. Eu comecei a ter um retorno que nunca esperava que fosse acontecer e vocês não imaginam o quanto isso me deixou contente, porém algumas pessoas da mesma área que eu (Comunicação social jornalismo/publicidade) se incomodaram com isso e alegaram que estou tentando me promover. Poxa desculpa se estou incomodando tanto, mas na verdade não estou me promovendo... Só estou sendo reconhecida pelo meu trabalho, por algo que tenho a dizer que acabou sendo mais interessante pra algumas pessoas do que você tem a dizer/oferecer. Foi mal aí...

Espero que essa fase passe logo e que em breve eu possa recomeçar minha vida com mais disposição e ânimo :(
Um beijo a todos vocês e FELIZ ANO NOVO!

*Essa foto é para vocês verem que meu rostinho já está mais fininho *-*