sábado, 28 de abril de 2012

# Inspiração para o final de semana.

# Designer 'enxuga' 24 kg após não entrar em uma calça tamanho 48


Um exemplo para as gordinhas entre 85 e 90 que enxergam somente a bariátrica como solução. Eu acho um absurdo pessoas com sobrepeso e sem co-morbidades recorrerem a cirurgia. Obesidade é assunto sério assim como os problemas decorrentes dele.


Camilla Pires, de 22 anos, passou de 85 kg para 61 kg em um ano.
Jovem come melhor, corre, faz natação, musculação e põe tudo em blog.

Uma calça jeans foi a gota d’água que faltava para a designer paulistana Camilla Pires, de 22 anos, eliminar 24 kg e mudar radicalmente de vida. Em 2010, após muito tempo usando apenas leggings e blusas soltas, ela entrou em uma loja de roupas para comprar uma jeans e se assustou quando nem o tamanho 48 serviu.
“Experimentei vários modelos e nada entrou. Foi aí que a ficha caiu. Resolvi então que era hora de acabar com tantas dietas malucas e de me sentir mal com o próprio corpo”, diz a jovem, que na época pesava 85 kg, em 1,68 m de altura.
Camilla (Foto: Arquivo pessoal)Em um ano, paulistana perdeu 24 kg com mudança de hábitos e agora mantém peso (Foto: Arquivo pessoal)
Camilla sempre foi gordinha e passou anos lutando contra a balança, mas entre 2009 e 2010 pulou da faixa de sobrepeso para a de obesidade, pois a rotina sem horários de faculdade e trabalho a levaram a comer muitas “porcarias”, como ela define.
“Ficava quase o dia todo sentada e só me mexia do escritório para casa. Também não comia saladas nem frutas, adorava salgadinhos e jantava muito tarde. Minha preocupação com a alimentação era zero”, conta.
Alimentação e exercícios
Para emagrecer, a designer incluiu na dieta produtos integrais, frutas, verduras e legumes, peito de peru e queijos magros. Também foi cortando refrigerante, doces e frituras – o trio básico para quem quer perder peso, segundo ela.
Além disso, a paulistana começou a montar pratos mais coloridos, comer de 3h em 3h e ir mudando os hábitos aos poucos, sem neuroses. Ela também procurou um endocrinologista, que lhe receitou remédio para emagrecer – algo que a paciente se recusou a tomar.
“Decidi não me medicar nem seguir mais as dietas de revistas, mas fazer algo a longo prazo. Mudei minha cabeça e quis conquistar algo para a vida, para não voltar a ser como eu era”, afirma.
Decidi não me medicar nem seguir mais as dietas de revistas, mas fazer algo a longo prazo"
Camilla Pires,
designer
Dois meses depois do início do processo de reeducação alimentar, o pai de Camilla, que era hipertenso, morreu vítima de infarto. E a tragédia familiar não a fez desistir da meta, pelo contrário. “Tive mais forças para continuar, pois quis honrá-lo”, destaca a jovem, que em casa também tem a mãe acima do peso.
Ainda em 2010, a designer se matriculou na academia, aonde ia no começo só para nadar duas vezes por semana e hoje, além das braçadas, faz musculação e corrida na esteira pelo menos quatro vezes por semana, durante 1h30. Com o tempo, Camilla tomou gosto pela corrida e já participou de dois percursos de 10 km no ano passado.
Agora que ela chegou aos 61 kg – o objetivo final é atingir os 58 kg –, o corpo já ganha músculos e perde cada vez mais medidas na cintura, nos seios e nos braços. As primeiras regiões a afinar foram a barriga e os “dois queixos”, segundo ela. A parte mais difícil, porém, tem sido resolver a flacidez na área interna da coxa.
Camilla 2 (Foto: Arquivo pessoal)A geladeira da designer hoje é repleta de frutas, legumes e outros alimentos saudáveis, e os pratos em cada refeição ficaram mais coloridos. Para incentivar as leitoras do blog, ela fotografa tudo (Foto: Arquivo pessoal)
Blog
Para ajudá-la a eliminar quase um terço do peso corporal, Camilla leu um livro chamado “Pense magro”, que propunha fazer um diário sobre a nova rotina. Ela resolveu então criar umblog na internet para compartilhar sua história e esquecer do tempo em que usava o site Formspring e as perguntas anônimas que chegavam eram “Por que você não emagrece?”.
Em julho do ano passado, ela pôs o endereço no ar e desde lá ficou conhecendo os relatos de várias meninas com problemas de peso.
Quis dar um up, cuidar de mim e tirar tudo o que lembrava de quando eu era gorda"
Camilla Pires,
designer
“A gente se ajuda para não perder o foco. Posto sempre o que como, tiro fotos, dou dicas e escrevo palavras de motivação para ninguém se cansar nem cair em tentação”, cita.
A designer já conheceu algumas seguidoras do blog em caminhadas e corridas no Parque do Ibirapuera.
Em uma das publicações, Camilla disse que estava ficando sem roupas por causa do emagrecimento e não iria comprar novas, pois estava juntando dinheiro para conhecer a Disney. Dias depois, chegou na casa dela uma caixa cheia de peças, presente de uma menina do Rio de Janeiro que havia engordado e resolveu fazer uma doação. “Nem conhecia ela e me emocionei muito. Hoje nos falamos pela internet”, diz.
Quando conseguiu viajar para os EUA, a designer foi até Miami e passeou pela cidade com uma brasileira que acompanha o blog. “Estou pensando em fazer, em breve, um encontro no parque com as meninas”, revela.
Camilla 3 (Foto: Arquivo pessoal)Camilla e o namorado aparecem em agosto de 2009, à esq., e em março deste ano. Ela destaca que Renan ficou ao lado dela o tempo todo e foi um grande incentivador para sua perda de peso (Foto: Arquivo pessoal)
De cara e vida nova
Os tempos de autoestima lá embaixo passaram, e Camilla hoje mudou o visual, tirou o piercing do rosto, cortou e clareou os cabelos. “Quis dar um up, cuidar de mim e tirar tudo o que lembrava de quando eu era gorda”, conta.
O namoro de três anos e meio também melhorou, segundo ela. Atualmente, os dois vivem juntos e um apoia o outro durante as refeições.
Costumava comer até ficar estufada e sair rolando. Hoje fico mais ou menos saciada e não me arrependo depois"
Camilla Pires,
designer
“Agora, sou menos complexada e não acho mais o tempo todo que ele vai me largar. O Renan esteve do meu lado o tempo todo e hoje, no cinema, trocamos a pipoca grande com manteiga, refil e refrigerante por pipoca média e água.
Com os amigos, Camilla deixou de sair um tempo para não abusar das comidas gordurosas e da cerveja. Agora já anda com a turma, mas pede sempre opções mais light, como pizza de atum ou rúcula, wrap de peixe, hambúrguer de quinoa e saladas. Isso quando não divide o prato com alguém. Se resolve estender a fome à sobremesa, prefere um chocolate meio amargo.
“Eu costumava comer até ficar estufada e sair rolando. Hoje fico mais ou menos saciada e não me arrependo depois”, diz.

FONTE: BEM ESTAR

quarta-feira, 25 de abril de 2012

# Dumping




As intervenções cirúrgicas no estômago alteram o mecanismo de vazão gástrica e podem algumas vezes causar alterações na fisiologia gastrintestinal e produzir efeitos em longo prazo. A maioria das síndromes pós-gastrectomias resulta de distúrbios de motilidade gástrica. Dentre essas síndromes, a de dumping é a mais conhecida.

A ingestão de carboidratos simples pode, assim, ocasionar a chamada “Síndrome deDumping” (náuseas, vômitos, rubor, dor epigástrica, sintomas de hipoglicemia), podendo desempenhar um importante papel na manutenção da perda de peso

A síndrome surge como uma resposta fisiológica, de ordem complexa, devido a quantidades de alimentos (líquidos ou sólidos) superiores ao habitual ou desproporcional à nova capacidade estomacal.

A alteração no esvaziamento gástrico após a gastroplastia, constitui causa central dos sintomas apresentados. A incidência e a gravidade dos sintomas parecem ser proporcionais à extensão da cirurgia gástrica e com a velocidade do esvaziamento gástrico. Há uma estimativa de que 25% a 50% de todos os pacientes que têm sido submetidos à cirurgia gástrica têm alguns sintomas de dumping.

Esses sintomas podem aparecer logo após a refeição (precoce) ou algumas horas após (tardio). Os precoces ocorrem cerca de 10 a 30 minutos após a ingestão da refeição, sendo resultado da passagem rápida do quimo hiperosmolar para o intestino delgado, promovendo seqüestro do fluído intraluminal. Estas alterações diminuem o volume plasmático, levando à hipotensão e taquicardia, e também à distensão abdominal com conseqüente dor e diarréia.

Os sintomas e suas intensidades variam de moderada a relativamente incapacitante, no entanto, estão diretamente relacionados com o tipo de cirurgia e com os hábitos alimentares do paciente.
O tratamento é sobretudo dietético e visa promover o esvaziamento lento do estômago, proporcionando uma boa nutrição e reduzindo os desagradáveis sintomas da síndrome. A dieta exerce um papel importante na sensação de bem-estar do paciente e na sua qualidade de vida.